Artigos, Destaques, Notícias › 13/03/2023

Quaresma: tempo de mudança de vida!

Estamos vivendo o tempo da Quaresma, tempo de mudança de vida. Neste tempo litúrgico temos algumas práticas que são incentivadas pela Igreja com objetivo de nos ajudar em nossa conversão: a oração, o jejum e a esmola. Vamos abordar cada uma dessas práticas.

Oração

Cada católico é convidado, de modo especial, a cultivar e aprofundar o próprio relacionamento com Deus na intimidade.

Quem reza nunca deixa o mundo para trás. Segundo o Papa Francisco, “todos precisamos de interioridade: de nos retirarmos para um espaço e um tempo dedicados ao nosso relacionamento com Deus. Mas isto não significa fugir da realidade. Na oração, Deus nos toma, nos abençoa, e depois nos reparte e nos oferece, pela fome de todos. Todo cristão é chamado a tornar-se, nas mãos de Deus, pão repartido e partilhado. Uma oração concreta, que não seja uma fuga”.

A oração é o nosso coração, e a nossa voz se torna coração e voz de muitas pessoas que não sabem rezar, não rezam, não querem rezar, ou estão impossibilitadas de rezar.

Somos o coração e a voz dessas pessoas que sobe a Jesus, e sobe ao Pai, como intercessores. Na solidão nos separamos de tudo e de todos para encontrar tudo e todos em Deus.

O cristão reza por todos e por cada pessoa: é como se ele fosse a “antena” de Deus neste mundo.

Em cada pobre que bate à porta, em cada pessoa que perdeu o sentido das coisas, aquele que reza vê o rosto de Cristo.

Deus é misericordioso conosco, mas também misericórdia com todos aqueles que pediram para rezar por eles ou por quem queremos rezar. Em sintonia com o coração de Deus. Esta é a verdadeira oração. Em sintonia com a misericórdia de Deus.

Jejum

O jejum é uma forma de abster-se de alimentos corporais, e é uma forma de penitência e de oração. Jesus praticou o jejum em momentos importantes, antes de rezar, antes de escolher os apóstolos e em muitas ocasiões.

É uma maneira de ajudar a oração, de purificar o nosso corpo e, assim, nos dispormos melhor para a escuta de nossa oração por Deus.

É importante saber que o jejum é uma prática muito mais interior do que exterior, não é apenas algo que se deixa de comer, mas tem um propósito: abster-se de certos alimentos. O jejum não é uma dieta, mas uma prática espiritual que visa uma intimidade maior com Deus. O jejum é para a conversão e também para que amemos mais a Deus e ao próximo.

O quarto mandamento da Igreja diz que é preciso “jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja”. Os dias e tempos penitenciais são todas as sextas-feiras do ano, e o tempo da Quaresma.

O jejum é fazer apenas uma refeição por dia, ou se comemos duas ou três vezes por dia deve ser uma alimentação simples, necessária.

Caridade

Praticar a caridade significa dar de graça, dar sem interesse de receber de volta, dar sem egoísmo, sem pedir recompensa, em atitude de compaixão.

Nisto o homem imita o próprio Deus no mistério da criação e a Jesus Cristo, no mistério da Redenção. O homem recebeu tudo do seu Criador. Tudo quanto tem, possui-o porque recebeu. Se Deus dá de graça e se o homem é criado à imagem e semelhança de Deus, se Cristo se doou totalmente, dando sua vida, também a pessoa será capaz de dar de graça.

Quando a Igreja convida os fiéis a exercerem a caridade (esmola) durante a Quaresma, sabe muito bem que não é pela esmola em si que ela vai resolver todos os problemas sociais e realizar a promoção humana, mas sabe também que é pelo que a esmola significa que ela vai realizar uma verdadeira promoção humana.

Exercitando a atitude da esmola durante a Quaresma, a Igreja quer levar os cristãos a viverem a atitude da esmola durante todo o ano, durante toda a vida. Descobrimos, então, que no exercício da esmola está contida a atitude de conversão, em relação ao próximo.

Também é importante observar que precisamos sim ajudar nossos irmãos nas suas necessidades, a fome não espera, mas “esmola” é muito mais que um assistencialismo; é dar vida, dignidade, tirar o irmão da situação que ele se encontra.

Que neste tempo nos empenhemos em viver essas práticas com generosidade e amor, e que o Sagrado Coração de Jesus nos fortaleça nesta caminhada.

Um forte abraço!

 

Angélica Cunha

Assessoria de Comunicação e Marketing

 

Fontes de pesquisa:

https://www.vatican.va

https://pt.aleteia.org

Deixe o seu comentário





* campos obrigatórios.

X