Sagrado Coração de Jesus
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus com São João Evangelista ao pé da cruz, quando um soldado romano com uma lança atravessou o lado de Jesus. “E de seu coração aberto jorrou sangue e água”. Dessa maneira Jesus revelou seu amor e sua doação por nós. O Coração de Jesus conhece a fundo a cada um de nós e se revela como um coração bondoso e misericordioso. Jesus nos diz “vinde a mim vós todos que estais aflitos e cansados que vos aliviarei”.
O primeiro devoto do Coração de Jesus no Brasil nascente de São José de Anchieta, ele escreveu versos sobre o Coração de Jesus “a lança que abriu-lhe o peito...”. Ele estava já se antecipando nessa devoção, ele não publicava porque não estava ainda aprovada.
Santa Margarida Maria Alacoque foi uma das principais religiosas da Igreja a propagar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Ela nasceu na Aldeia de Lautecour, na Borgonha, em 1647. Nessa época apesar de já existir, a veneração não era muito conhecida. A sua missão foi dar-lhe impulso e difusão universal, adaptá-la às necessidades da Igreja Católica nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais adequadas às novas circunstâncias.
Ela teve uma revelação do Sagrado Coração de Jesus quando ouviu: “Meu coração Divino está inflamando de amor pelos homens e por ti. Preciso difundir as chamas do meu coração para enriquecer a todos com os preciosos tesouros do meu coração. Assim nasceu a festa do Sagrado Coração de Jesus.
A mais célebre das aparições foi em 1675, quando Jesus pediu a Santa Margarida Maria que fosse estabelecida uma festa para honrar seu Coração: a sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, comungando-se nesse dia e buscando desagravá-lo com atos fervorosos.
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Roma autorizou somente 90 anos mais tarde, em 1765, com missa própria. Somente em 1856, a pedido dos bispos da França foi estendida à Igreja universal.
Na visão de 1688 Jesus indicou o papel que as visitandinas e os padres jesuítas deviam ter na difusão da devoção ao Sagrado Coração.
Que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus continue proporcionando a cada pessoa o alívio das dores, a certeza da paz, a alegria do amor, o incentivo para missão, a disposição para a caridade, o desejo de servir ao irmão.
- Primeiro, atrair os corações endurecidos dos pecadores e retirá-los assim do abismo da perdição. Deverão, depois, expor e venerar a sua imagem, em particular nas primeiras sextas-feiras de cada mês e consagrar-se a ele com confiança. Em troca, afastará deles os castigos merecidos por seus pecados, derramará sobre eles os tesouros incomparáveis de suas graças e tornar-se-á para eles “um lugar de refúgio, uma fortaleza e um asilo seguro para a vida toda e principalmente na hora da morte”.
- Reconduzir, depois, as comunidades ao fervor e à caridade. Para isso, além do culto da imagem, procurarão estes grupos unir-se ao divino Coração e lhe imitar as virtudes. O exercício específico de sua devoção, porém, consistirá na prática da caridade fraterna.
- Enfim, santificar no mais alto grau as almas eleitas que vão viver a fundo todas as exigências de sua consagração ao Sagrado Coração: cabal renúncia a si mesmo, humildade e pureza de intenção, conformidade à vontade divina, confiança e abandono, aceitação amorosa da cruz. Por conseguinte, o Coração de Jesus será para essas almas “a fonte inesgotável de todos os bens e de toda sorte de delícias”.
Jesus fez diversas promessas a Santa Margarida em favor dos que honrarem seu divino Coração. Essas promessas foram resumidas em poucos parágrafos e difundidas em todo o mundo:
1) Darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado de vida.
2) Estabelecerei e farei reinar a paz em suas famílias.
3) Serão por mim consolados em todas as suas aflições.
4) Serei para eles refúgio seguro durante a vida e, de modo especial, na hora da morte.
5) Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos
6) Os pecadores encontrarão em meu Coração uma fonte inesgotável de misericórdia.
7) As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção.
8) As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
9) Minha bênção descerá sobre as casas em que estiver exposta e for honrada a imagem de meu Coração.
10) Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos.
11) As pessoas que propagarem essa devoção terão seus nomes inscritos para sempre em meu Coração, e jamais serão apagados.
12) A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos darei a graça da penitência final e da salvação eterna.
“Quero que me sirvas de instrumento para atrair corações a meu amor”. (Jesus à Santa Margarida Maria)
Nasceu a 22 de julho de 1647, na França. É a quinta filha do tabelião rela Cláudio Alacoque e de sua esposa Filiberta Lamyn.
Santa Margarida Maria viveu uma infância sofrida; desde pequena tinha horror ao pecado e, sem saber ao certo o que dizia, fez voto de castidade: "Meu Deus, eu vos consagro a minha pureza, e vos faço voto de perpétua castidade". De acordo com sua autobiografia, ela disse essas palavras uma vez na santa missa, que ouvia ordinariamente com os joelhos nus sobre o chão, por mais frio que fizesse.
Existia em seu coração uma vontade grande de imitar em tudo as irmãs que se dedicavam à vida religiosa; considerava-as santas e pensava que também haveria de o ser, se fosse como elas. "Senti tão grande desejo de santidade que não suspirava por outra coisa”.
Enfrentou perseguições, mas, em 20 de junho de 1671, conseguiu entrar para o convento de Paray-le-Monial. Em 25 de agosto do mesmo ano, começou o postulantado, o tempo de preparação à vida religiosa. Em 6 de novembro de 1672, professou os votos, tornando-se consagrada.
Foi uma freira simples, humilde, após seus votos nunca saiu do convento e morreu antes de completar 45 anos. “Mas entre todos os promotores desta excelsa devoção, Santa Margarida Maria Alacoque merece um lugar especial, pois, com a ajuda do seu diretor espiritual, Pe. Cláudio de la Colombiére e com seu zelo ardente, conseguiu, não sem a admiração dos fiéis, que o culto ao Sagrado Coração de Jesus adquirisse grande desenvolvimento e, revestido das características do amor e da reparação, se distinguisse das demais formas da piedade cristã”, escreve Papa Pio XII na Carta Encíclica Hauruetis Aquas.
- Na maioria das vezes o Coração de Jesus se manifestou à santa como sol ou fornalha. Em um dia em que ela adorava o Santíssimo Sacramento:
“Eis este Coração que tanto amou os homens... por isso te peço que a primeira sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus seja dedicada a uma festa especial para honrar meu Coração, comungando nesse dia”.
Nascia aí a prática das primeiras sextas-feiras de cada mês. Essa festa, celebrada anualmente, foi instituída em 1856 sob o pontificado do Papa Pio IX.
- Em uma comunicação mais pessoal:
“Foi aqui que Eu sofri mais do que em tida a minha Paixão, vendo-Me um abandono total do céu e da terra, carregado com os pecados de todos os homens”.
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