Artigos, Destaques, Notícias › 03/05/2019

MOTUMBÁ AXÉ, ÁFRICA

Menina Africana – Foto: Pixabay

Neste mês de maio o Papa Francisco nos convoca a rezar “para que, por meio do empenho dos próprios membros, a Igreja na África seja fermento de unidade entre os povos e sinal de esperança para este continente”.
O Continente Africano é um caldeirão de etnias, línguas e e culturas que precisa ser valorizado e cuidado para garantir a unidade na diversidade.

A Igreja africana é uma jovem. Mas as religiões africanas remontam a tradições muitos antigas. É preciso acolher e integrar todo o patrimônio religioso dos povos africanos. São tantas religiosas, sacerdotes, leigos e missionários que se encontram na labuta em favor do diálogo e da reconciliação entre os diversos setores da sociedade africana.


Os conflitos internos que ainda hoje persistem em muitos países não nos devem fazer esquecer de toda a riqueza deste Continente. A maior delas, certamente, é sua gente. É preciso preservar as pessoas com seu patrimônio cultural.


Muitas vezes se quer converter os países da África em simples “peças de um mecanismo e de uma engrenagem gigantesca”. Isso acontece frequentemente com os meios de comunicação social, que, dirigidos majoritariamente por organizações no hemisfério Norte, “nem sempre têm a devida consideração com as prioridades e os problemas próprios destes países, nem respeitam sua fisionomia cultural”. É este o alerta dos bispos africanos e da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium.


A África soma 17,6% dos católicos do mundo, conforme dados recolhidos pelo Anuário Pontifício de 2018. A Igreja Católica africana se caracteriza por ser muito dinâmica: o número de católicos aumentou de pouco mais de 185 milhões em 2010 para mais de 228 milhões em 2016, com uma variação relativa de 23,2%. A República Democrática do Congo é o país com o maior número de católicos batizados, com mais de 44 milhões, seguida por Nigéria, com 28 milhões, mas também Uganda, Tanzânia e Quênia registram cifras respeitáveis e em crescimento. De fato, as circunscrições eclesiásticas aumentaram 3% na África, revelando-se o Continente com maior dinamismo na demanda de serviços pastorais. Dos 15 países onde houve maior aumento na porcentagem de batizados, 4 estão no continente africano (República Democrática do Congo, Nigéria, Uganda e Angola).


Vamos unir portanto, nossa oração e nosso coração ao desejo do Papa que nos coloca a Igreja da África como o desafio de oração para este mês de maio. Que nossa oração seja o fermento que possa garantir a unidade e a riqueza dos povos da África.

Pe. Eliomar Ribeiro, SJ
Diretor Nacional da Rede Mundial de Oração do Papa

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