NÃO A UMA ECONOMIA DE EXCLUSÃO
Neste mês de abril o Papa Francisco, na intenção de oração confiada à Rede Mundial de Oração (Apostolado da Oração), nos convoca a dizer não a todo sistema econômico que exclui as pessoas e prioriza apenas os resultados e a rentabilidade. É muito importante que a pessoa humana seja colocada em primeiro lugar. Há uma responsabilidade dos empresários e políticos no planejamento e na gestão da economia mundial.
“Vamos juntos levantar a voz para que os responsáveis pelo planejamento e pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia de exclusão e tenham criatividade para abrir novos caminhos”. “A economia não pode somente pretender aumentar a rentabilidade, reduzindo o mercado de trabalho e criando assim novos excluídos”, recorda o Papa.
Algumas pessoas dirão que “eu não tenho que ver com o tema da oração deste mês” porque não sou gestor de planejamento e nem da economia. É um grande engano! Cada um de nós é responsável pela gestão da manutenção da casa, do cuidado com filhos e netos, do cuidado com a saúde, da organização do dinheiro que se ganha ou que possui. Saber administrar a vida econômica é uma arte que exige atenção e cuidado. Quantas pessoas se deixam endividar por não planejar e nem cuidar do pouco que tem?
As grandes potências econômicas do mundo vão se enriquecendo às custas dos países mais pobres. Há um enriquecimento ilícito de ricos cada vez mais ricos às custas de pobres sempre mais pobres. Toda economia deste estar a serviço da justiça social beneficiando, principalmente, os mais necessitados. Uma economia verdadeira é aquela que seus responsáveis a colocam a serviço do bem comum.
Num mundo que exclui, somos chamados a mobilizar ações políticas fundamentais para capacitar quem é excluído. Para isso é muito importante a defesa dos direitos humanos, a garantia do acesso à justiça, a inclusão e a prestação de contas. Não se cuida do bem comum sonegando, roubando e nem lucrando de forma fácil e enganosa.
Não é possível que o mundo possa sobreviver deixando aumentar uma espiral de violência, exclusão, separação, preconceito, abandono, descuido e aumento dos empobrecidos. É preciso cuidar da “casa comum” como nos pede o Papa na Laudato Si’.
Rezemos, portanto, “pelos responsáveis do planejamento e da gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia de exclusão e saibam abrir novos caminhos”. Rezemos também para que saibamos administrar todos os dons recebidos de Deus.
Pe. Eliomar Ribeiro, SJ
Diretor Nacional da Rede Mundial de oração do Papa (AO) e MEJ