Intenção de Oração do Papa Francisco para o mês de fevereiro/ 2023
“Rezemos para que as paróquias, pondo no centro a comunhão, sejam cada vez mais comunidades de fé, de fraternidade e de acolhimento dos mais necessitados.”
A paróquia possui uma longa história e teve desde o início um papel fundamental na vida dos cristãos e no desenvolvimento e no trabalho pastoral da Igreja; já nos escritos de São Paulo pode-se verificar a sua primeira intuição. Alguns textos paulinos, realmente, mostram a constituição de pequenas comunidades como igrejas domésticas, identificadas pelo Apóstolo simplesmente com o termo “casa” (por exemplo: Rm 16, 3-5, 1 Cor 16, 19-20, Fil 4, 22). Nestas “casas” pode-se decifrar o nascimento das primeiras “paróquias”.
Desde a sua origem, a paróquia coloca-se como resposta a uma exigência pastoral precisa, aproximar o Evangelho ao povo através do anúncio da fé e da celebração dos sacramentos. A mesma etimologia do termo torna compreensível o sentido da instituição: a paróquia é uma casa em meio às casas e responde à lógica da Encarnação de Jesus Cristo, vivo e atuante na comunidade humana. É sinal da presença permanente do Senhor Ressuscitado no meio do seu Povo.
Bento XVI ensinava que “a paróquia é um farol que irradia a luz da fé e assim vem ao encontro aos desejos mais profundos e verdadeiros do coração do homem, dando significado e esperança à vida das pessoas e das famílias” [14].
Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco tem se pronunciado enfaticamente sobre o papel das paróquias na vida em comunidade. Ele expressava que “A paróquia não é uma estrutura caduca; precisamente porque possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária do Pastor e da comunidade. Embora não seja certamente a única instituição evangelizadora, se for capaz de se reformar e adaptar constantemente, continuará a ser ‘a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas’. Isto supõe que esteja realmente em contato com as famílias e com a vida do povo, e não se torne uma estrutura complicada, separada das pessoas, nem um grupo de eleitos que olham para si mesmos. […] Temos, porém, de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu suficientemente fruto, tornando-as ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-as completamente para a missão” [32].
A paróquia deve ser um lugar onde se pode viver a vida em comunidade e onde os fiéis podem se reunir para a expressão da vida litúrgica, o ensinamento da vida de Cristo e a prática das obras de caridade e fraternidade. É um lugar de encontro com Jesus Ressuscitado, que nos chama para trabalhar em sua messe. A paróquia é uma fonte de dinamismo missionário que leva sal e luz ao mundo.
As paróquias “devem ser casas onde a porta esteja sempre aberta para ir ao encontro dos demais. É importante que a saída ofereça uma clara proposta de fé. Trata-se de abrir as portas e deixar que Jesus saia com toda a alegria de sua mensagem”, como ressalta o Papa.
Possamos responder ao convite que Francisco nos faz neste mês e manter as portas de nossas paróquias e dos nossos corações abertos para acolher àqueles que se achegam a ela e os que mais necessitam de ajuda material e espiritual.
Angélica Cunha
Assessoria de Comunicação e Marketing
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